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Sunday 13 November 2016

DOS NOVOS EMPREENDEDORES

DOS NOVOS EMPREENDEDORES

Formidável o evento Campus Day, trazendo centenas de jovens para o Expominas, abaixo de tendas, apresentando suas ideias e competindo para obter o beneplácito dos investidores. A isso se juntam os esforços das turmas de São Pedro Valley, e de BH Tec, em Belo Horizonte, o apoio de fundos de investimentos pioneiros no Brasil,  como o FIR Capital, a Biominas, o Vale da Eletrônica, em Santa Rita de Sapucaí, o esforço fantástico da Universidade Federal de Itajubá, na área de empreendedorismo, e mais dúzias de iniciativas, inclusive do Governo do Estado, da FAPEMIG e do BDMG. Sem falar no SEBRAE Minas e seus programas de educação, como a Escola  Técnica de Formação Gerencial.

Em resumo, tudo para incentivar os jovens a serem empresários. Mas, também é hora de fazer um balanço, para que o futuro não seja um sonho de verão e se forme um grande contingente de frustrados que desistem ao invés de persistirem nessa vida de sacrifícios que é a vida empresarial. E a pergunta é, qual a métrica  desses esforços? Não quantas start ups  foram vendidas, mas quantos empregos, impostos e outros  indicadores sociais e econômicos foram alcançados.

Primeiro, além de onda, precisa-se de metodologia com resultados. E, para isso, deve-se envolver gente com experiência, e não só entusiastas com formação acadêmica, mas sem nunca terem  pisado em uma empresa. Os mentores não devem ser só experientes, mas devem ser treinados para ajudarem as start ups a se estabelecerem e crescerem.

Segundo, não basta ter uma boa ideia. Ela tem que ser validada no mercado. E o mercado, em especial na área de tecnologia, é global. Tem que validar a ideia fora das fronteiras mineiras, já que o mercado está lá fora.

Terceiro, ficar só esperando capital do estado, sem a  start up ter se consolidado com capital que exige resultados, é jogar dinheiro fora. Dinheiro do contribuinte. O Estado não confere resultados empresariais, então os jovens recebem o capital inicial, gritam e se entusiasmam muito, se iludem, mas os resultados não são nem cobrados e pior, nem esperados. É uma noite de verão.

Quarto, a inovação mais importante e eficaz deve ser feita  através de criação de start ups nas grandes empresas, que  são tradicionalmente pouco inovadoras. A Cemig, Copasa, Usiminas, Localiza, MRV etc., possuem esse sistema? Elas têm problemas, precisam inovar e são clientes. E mais, como ficam os setores de agro-negócios que precisam de mais do que a indústria?

Aliás, vale a pena ver o que São Paulo, através de programa da Fiesp e novo governo municipal chamado SP 4.0 estão fazendo. Objetivos, meios e fins para se tornar uma das mais inovadoras e competitivas sociedades do planeta.

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