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Monday 24 October 2016

DA ÁSIA

Se para a maior parte  do mundo, a Ásia representa, com a China e a Índia como seus maiores países, parceria estratégica fundamental, podemos dizer que a visita do presidente brasileiro e seus ministros àquela região, se enquadra também nessa classificação. Aliás, esta já é, neste pouco tempo de permanência no governo, a segunda visita do Presidente Temer ao continente. A primeira foi para a China, na reunião dos países do grupo G 20, e agora, para a reunião do grupo BRICS, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Quanto  à importância para o Brasil, sem dúvida, o G 20 importa mais do que os BRICS. Aliás, os BRICS só são noticia uma vez por ano, porque, procurando e procurando algo que os una, não conseguem achar um elo da corrente. O último elo procurado é o de comercio livre entre os países membros. Bonito, mas o Brasil não consegue fechar nem o acordo de comércio mais ou menos livre com a África do Sul.

Nos dois grupos estão todos os países dos BRICS, o que teoricamente facilitaria os diálogos bilaterais e conhecimento melhor. Como disse recentemente um especialista chinês sobre as relações entre a China e os Estados Unidos, a relação pessoal entre os presidentes dos dois países conta muito na eficiência das relações. No nosso caso, a relação com a China, do ponto de vista econômico, é absolutamente fundamental. Não só pelo comércio, mas principalmente porque os chineses são hoje em dia um dos mais importantes investidores no Brasil. E olha que nossa ignorância do que acontece lá, como funciona o país, e para onde vai (pelo menos assim demonstrou recentemente um professor chinês para seleto público brasileiro), é de espantar.

Visitou a Índia e as notícias que vieram  de lá, é como se tivessem descoberto, após 500 anos, ao invés do Brasil, a Índia. E o acordo sobre genética do gado  zebu, que sem dúvida é importante, significa que a Índia tecnológica e parceira de desenvolvimento continua uma terra ignorada e incógnita. Sem esquecer que um bom pedaço da siderúrgica do Brasil hoje está nas mãos dos indianos.

Mas, a visita ao Japão foi o marco maior. As empresas japonesas se meteram em encrencas na área do petróleo, confiaram em programas energéticos do governo Dilma, e no crescimento do mercado para automóveis. Os investimentos japoneses no Brasil são significativos e entre eles está um dos maiores abacaxis de hoje, que é a disputa acionária na Usiminas, cujo controle Dilma e seus pupilos na área da indústria entregaram de mão beijada para os argentinos da Techint. Claro que a visita presidencial, com direito a audiência com o Imperador e o Primeiro-Ministro não trata disso, mas também não deixa de tratar.

Assim, a Ásia está na nossa rota prioritária e esperamos que nós também  continuemos sendo a preferência equilibrada para eles.

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