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Friday 9 September 2016

DOS ”NARCOS”

DOS ”NARCOS”

Assistir à segunda temporada da série Narcos no Netflix, com Wagner Moura no papel do narcotraficante colombiano Pablo Escobar, nos dias de hoje, é assistir na verdade ao History Channel. Na nossa frente está se desenrolando um quase documentário cujo final, com a morte do bandido mais rico do século passado (ultrapassando todos os gângsters americanos, japoneses, gangs chinesas e mais ) e o sétimo ricaço do planeta na época, a terminar aparentemente nos próximos dias. Ou precisamente dia 2 de outubro, quando haverá na Colômbia um plebiscito confirmando o acordo de paz entre o grupo narco guerrilheiro pseudo marxista FARC e o governo colombiano, liderado pelo Presidente Santos.

Se as cenas de violência apresentadas na serie Narcos chocam, o que aconteceu antes e depois da morte do Escobar e ainda não foi apresentado nas telas, choca muito mais. Violência gera violência. Escobar era o Robin Hood dos pobres e dominava a cidade de Medellín (a mesma onde a mineira Nansen tinha fábrica de medidores elétricos na época e hoje a Algar de Uberlândia tem uma empresa bem sucedida). Pobres o adoravam, os ricos participavam e a violência era a regra do jogo. o dinheiro  jorrava, Escobar dominava 80 % do mercado mundial da coca. Usava tecnologia, bancos prosperavam e com o negócio criavam-se carteis como o de Cali e vários outros grupos que fizeram da Colômbia um país de narcotráfico .

Prosperou também a guerrilha marxista, FARC, e prosperaram os grupo como Los Pepes, formado por três irmãos cujos pais foram assinados pela Farc, como contra peso às ações guerrilheiras. E aí veio a ajuda dos Estados Unidos, que para conter de um lado o narcotráfico e de outro a expansão de guerrilha marxista, despejaram 9 bilhões de dólares na Colômbia. E criaram-se grupo de Esquadrões da morte. Em resumo, um caos onde assassinatos, sequestros, mutilações, roubos, coca e cocaína faziam parte de uma guerra que destruía a vida e o pais. É verdadeiro milagre do povo colombiano ter resistido aos 51 anos dessa sangria.

Acabou? Não. Ainda vai demorar para que o país se normalize totalmente, mas já é um país diferente. Com futuro.

Nos temos que olhar isso como a lição. Será que parte dessa história não esta acontecendo aqui e nem percebemos? Será que não temos uns pablitos que aprenderam a lição colombiana e estão  agindo de forma mais inteligente, infiltrando-se no tecido político e social? Ou ignoramos, já que isso não faz parte do debate politico no Brasil, e estamos virando avestruzes sociais?  Entre tantos males que nos assolam, será que ignoramos este? Veja e reveja Narcos e pense, pense....

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