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Friday 26 August 2016

DO IRÃ, NEGÓCIOS E POLÍTICA

DO IRÃ, NEGÓCIOS E POLÍTICA

O acordo nuclear concluído há um ano entre as quatro grandes potências (Estados Unidos, Franca, Rússia, Grã Bretanha), mais a Alemanha, com a Republica Islâmica do Irã, reduzindo a capacidade iraniana de produzir artefatos nucleares (no que, com toda razão, Israel não acredita), tem aspectos políticos e teoricamente abre as portas para os negócios naquele país milenar. Com a queda das sanções impostas ao Irã, o mundo dos negócios pode se abrir inclusive para as empresas brasileiras.

Mas, na área política, o conflito quase que armado entre os navios militares dos Estados Unidos e Irã, mostra que nem tudo  é céu de brigadeiro nessas relações. De tempo em tempo, o líder supremo iraniano Aiatolá Khomeini diz claramente que o acordo não quer dizer que o Irã parou de considerar os americanos como seus maiores inimigos e que, juntamente com Israel, representam o alvo preferido dos ataques dos radicais iranianos. E o Irã não deixou de desenvolver sua capacidade militar, testando esporadicamente  armas sofisticadas e modernas com capacidade de atingir inclusive as cidades israelenses. E mais: o Irã continua ativo em conflitos no Oriente Médio.

Por outro lado, com o fim das sanções que está em curso,  um novo país está  surgindo na área econômica, com novas oportunidades de negócios. O sistema financeiro está se consolidando e se interligando ao mundo das finanças. As empresas não estão mais proibidas de negociar com o Irã, nem com receio de serem castigadas em função de sanções. Claro que nem tudo ainda está funcionando de forma normal, mas a invasão das empresas europeias e os grandes contratos que a Itália, Franca e Espanha, entre outros, fizeram em Teerã, mostram que a abertura está valendo.

As notícias dos empresários e dos diplomatas brasileiros que atuam no Irã são mais do que auspiciosas. Claro que, no trato de negócios, tem, como em qualquer outro lugar, que respeitar as leis e, mais do que isso, as regras religiosas e culturais existentes. Por exemplo, a famosa cachaça mineira não tem lugar  no Irã, como nenhuma bebida alcoólica. Há uma cultura específica de negociação, como arte de fazer negócios. E pasmem, também há muitas mulheres, sempre usando chador ( o lenço que cobre a  cabeça) bem educadas nos negócios.
Há espaço de negócios para empresas com alguma tecnologia, empresas medias que são capazes de adaptar seus produtos ao mercado local e até mais: vender tecnologia e montar fábricas com sócios locais. Em resumo, ao invés de promover missões empresariais sempre para os mesmos lugares preferidos, como França, Alemanha, Itália, Miami, deve-se abrir os olhos para um mercado onde produtos e empresas brasileiras se

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