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Monday 27 June 2016

DO  MUNDO  PERTURBADO E DO MUNDO EM PAZ

Difícil prever se o próximo dia tradicional de desgraça, 13 de agosto (sendo ou não sexta-feira), será tão ruim como foi quinta-feira, dia 23 de junho deste ano. Além das noticias estupefacientes no campo da corrupção no Brasil (sendo que ainda falta explicar como bancos privados chegaram a obter dados de aposentados e contribuintes de INSS pra oferecer empréstimo consignado e qual foi o acordo que foi feito lá porque foi aí que começou o sistema de crédito consignado), houve também a saída da Grã -Bretanha da União Europeia.  A situação, que não foi prevista nem pelas pesquisas de opinião pública  e nem pelos tradicionais apostadores (que em geral sabem mais do que as agencias de pesquisa) criou um novo mundo. Em resumo, a desgraça que na crença popular ficava para sextas feira e dia 13, passou  neste novo mundo em que vivemos para quinta feira 23.

Mas, como tudo e sempre, há  um outro lado da moeda. Após 52 anos, repito 52 anos, de luta armada, com 220 mil mortos, crianças e mulheres escravizadas, inúmeros sequestros, e um dos maiores produtores de coca do mundo, os pseudo marxistas agrupados na guerrilha chamada FARC assinaram um acordo de paz com o governo de Colômbia do Presidente Santos. O comandante guerrilheiro Timoshenko negociou três anos e meio um acordo sob os auspícios de Cuba e da ONU, concordando que, até fevereiro 2017, os 7000 guerrilheiros deporão as armas e estarão em 23 zonas especiais e 8 acampamentos, reintegrados à vida civil e política da Colômbia. O Presidente Santos insiste que o acordo seja referendado num referendum popular, para que não haja nenhum retrocesso com a saída dele, em 2018.

Você que assistiu Narcos tem uma vaga idéia de como a Colômbia foi transformada no maior produtor de cocaína do mundo. Com o cerco aos narcotraficantes, o negócio passou para os guerrilheiros ditos marxistas. E, como o próprio Presidente Santos disse recentemente, numa palestra em Washington, a luta só foi possível por total  engajamento militar, tecnológico e financeiro dos Estados Unidos. Esse término da luta pelas FARC é uma vitória militar e diplomática estadounidense, sem a menor dúvida .

Há muita coisa ainda para resolver. As indenizações às vitimas, condenações de grupos para-militares, re-integração de ex-futuros guerrilheiros à vida civil, participação política deles etc. Nem tudo será flores daqui para  a frente, mas haverá menos sangue, apesar de que ainda há um grupo guerrilheiro menor perturbando a paz, ELN.

A Colômbia vai receber muitos recursos financeiros, haverá estabilidade nas nossas fronteiras e estará integrada ao mundo ainda mais. É um país que nunca, mesmo nos momentos mais difíceis, perdeu o controle da sua economia e agora encontrou a sua dignidade. Um belo exemplo a ser estudado.

DOS INVESTIMENTOS

Falar em novos investimentos nas empresas, nestes dias ainda de muita incerteza política e macro econômica, é quase que proibido. O dinheiro mal dá, chame isso de EBITD ou fluxo de caixa ou o que for, para pagar as despesas correntes. Mas, quando pensamos em investimentos, vem à cabeça o investimento em bens físicos: máquinas, equipamentos, instalações, empréstimos a longo prazo.

Mas, quanto  maior a crise, maior a necessidade de se adaptar a ela. E  para isso é preciso sim investir. 

O primeiro e mais importante investimento nesta hora é em pessoas que devem compreender bem o quê está acontecendo e porque está  acontecendo. Na verdade, é preciso reduzir a distância entre as chefias e os funcionários, aumentar o diálogo e formar mais e mais a equipe, um time forte, para atravessar a crise. E além dessa parte, há necessidade de treinamento do pessoal para essas mudanças. Em resumo, estamos em crise, mas somos capazes não só de sobreviver, mas até de progredir. Os empresários podem se surpreender de quanto conhecimento e quantas boas soluções existem entre seus funcionários que não tinham acesso aos chefes para expor ideias.

Nessa linha de investimento necessário e custo aceitável, é fundamental que o próprio empresário ou o gerente se prepare para mudanças . O peixe fede na cabeça. Se a cabeça da organização não funciona bem, se entre os sócios existem divergências, se a família que dirige a empresa se desentende, não se pode esperar  dos funcionários que eles produzam bem.

Outra área a considerar é a de exame da eficiência de tudo o que  se paga. Não se trata de despesas só, mas de pagamentos como impostos, contratações como de telefonia, energia e similares. Faça uma auditoria onde você pode reduzir custos, aumentando a eficácia da empresa. Taxas bancárias, por exemplo. Agora a luta é por tostão, porque economizando os tostões você pode economizar milhões. Engajar funcionários e até premiar suas idéias, dando participando dos lucros da economia,  é um método com certeza eficaz.

Há mais dois segmentos importantes nessa linha de raciocínio. Seus fornecedores também sofrem com a queda de seus negócios. Pergunte o que eles podem fazer em uma parceria para melhorar a situação. Novos materiais, novos desenhos, embalagem mais convenientes, fretes e logística mais racional.

E last but not the least: os clientes. Não só maior atenção, mas maior dialogo, construindo parceria. Sair de uma relação de animosidade, em que cada um quer tirar o máximo de outro, mas criar parceria de ganha-ganha.

Muitas ações você pode fazer sozinho, mas para outras precisa de ajuda externa, competente.  Veja bem quem você escolheu para lhe ajudar, para que a situação não piore ao invés de melhorar.

Sunday 19 June 2016

DO DESEMPREGADO E DO EMPREENDEDOR

DO DESEMPREGADO E DO EMPREENDEDOR

Podemos discutir milhões de razões do desemprego no país, no estado, no município, onde quiser. O fato é que temos 12 milhões de desempregados no Brasil, e aproximadamente  um e meio milhão, em Minas. O desemprego não é estatística, são pessoas, famílias, crianças. São nossos vizinhos, amigos, conhecidos. E há uma parte triste do desemprego: a falta de perspectiva de emprego. Ou seja, você não o tem hoje, mas também você não o tem a amanhã. E essa doença do tecido social atinge todas as idades, não discrimina nem pela raça e nem pela cor.

As ilusões de que mudança do governo, política fiscal austera, nova política econômica e combate a corrupção vão mudar a perspectiva individual, são enganadoras. Neste momento, tudo é prioridade, mas criar oportunidades de trabalho, não é prioridade de nenhum governo e de nenhum político. Fala-se de tudo, mas não se fala de como vamos resolver esse, que é  maior o  problema  social e, consequentemente, econômico do Brasil.

Mas mesmo não tendo uma liderança que mude esse cenário, ou talvez o cenário por milagre mude sozinho, muita coisa pode ser feita. Começamos pela requalificação profissional. Esse papel cabe essencialmente aos serviços de educação e sociais dirigidos pelos empresários, ou seja o Sistema S (SENAI, SESI, SESC, SENAC, SENAR, SENAT, SEBRAE). Estão eles, com honrosas exceções, cumprindo seu papel e ajudando as pessoas a se requalificarem e encontrarem seu lugar no mercado de trabalho ? Os modelos de educação que adotam são, na maioria, do século passado, sem a qualidade e velocidade necessárias para se adaptarem ao mercado. Mesmo sendo entidades dirigidas por empresários, têm pouco diálogo com o mercado e investem seus recursos mais em projetos megalomaníacos de interesse de grupos dirigentes, do que em criação de oportunidade de emprego.

O SEBRAE é  outra historia. Apesar de ser possuidor da mais bem sucedida tecnologia de criação de empregos qualificados, testado na Alemanha com sucesso, que é a empresa simulada, só usa isso na Escola Técnica de Formação Gerencial. Não, essa tecnologia  poderia ser  usada como um instrumento fundamental na criação de novos empregos, empresários e requalificação profissional. Nunca alguém mediu o efeito da mudança de desempregado para empreendedor do ponto de vista econômico. Se os novos empreendedores não forem bem preparados, mesmo que mudem para serem motoristas de Uber, os problemas só serão aprofundados mais adiante, e não resolvidos.

A grande massa de desempregados não pode se tornar empreendedora. Não há  espaço econômico para todos, e eles tem que ser nossa preocupação maior. Cabe urgentemente no espaço econômico um projeto que inclua políticas de fortalecimento das empresas existentes, criação de novos empreendimentos, atração de novos investidores, e requalificação e educação de mão de obra. Desçam (os políticos e lideranças empresariais e sindicais) do pedestal de projetos megalomaníacos e bons para alguns, e comecem a resolver os problemas das pessoas desesperadas à procura de uma simples oportunidade: trabalho.

Friday 17 June 2016

DO BREXIT OU SAIDA DA GRÃ-BRETANHA DA UNIÃO EUROPÉIA

DO BREXIT OU SAIDA DA GRÃ-BRETANHA DA UNIÃO  EUROPÉIA

Na próxima quinta-feira, dia 23. de junho, no meio das nossas festas juninas, os britânicos vão decidir nas urnas se seu país continua ou não como membro da União Europeia. O sentimento anti- União Europeia cresceu a tal ponto que Primeiro Ministro Cameroon não teve outra alternativa que convocar o referendum. Ele e o seu partido conservador são contra a saída do pais da UE e trabalham duro para isso não acontecer. Acusados de uso de táticas de medo, não conseguem, pelo menos com os dados disponíveis hoje, reverter muito a tendência. As pesquisas mostram uma tendência crescente do eleitorado a favor de saída da ilha da Comunidade Européia.

Esse sentimento está semeando um caos, já que todos estão de acordo que ninguém consegue prever todas as consequências para a economia mundial, se de fato os eleitores escolherem a saída  e não a permanência. Os dados divulgados pelo governo britânico dizem que 3.3 milhões de empregos dependem de exportações a para União Europeia. E mais, que o PIB pode cair ate 6.2 % e que cada cidadão britânico vai perder 2200 libras, ou algo como 10 mil reais, por ano de renda. Ou seja, para uma ilha sem as colônias e sem mercado europeu, as perdas serão enormes.

Mas, porque os britânicos estão tão contra União Europeia? Esse sentimento não é só deles, mas cresce na comunidade e varia de país a país. Enquanto os poloneses acham a EU o máximo, os gregos detestam, e só 50 % do alemães acham a União Europeia boa.70% dos europeus não querem a saída de Grã Bretanha, e os setor financeiro, que só com as comissões nas transações comerciais contribui com 5 bilhões de dólares anuais à economia londrina, está apavorado e de malas prontas para mudar para Frankfurt. E tem mais: em fevereiro, o governo britânico negociou relações mais favoráveis com os demais membros da comunidade, que parecem não satisfazer a população britânica.

O fato é que a União Europeia e sua prepotente burocracia de Bruxelas precisam repensar e reorganizar suas relações com os países membros. E isso, mesmo com Brexit, não está acontecendo. A Comissão Européia não consegue se adaptar às mudanças que os cidadãos querem e insistem, como no caso em questão, em fazer.

Para o Brasil a  mudança imposta pelo referendum será como para todo mundo significativa. Temos investimentos do Reino Unido,  eles os tem aqui. O pais será enfraquecido, e haverá uma reorganização da economia mundial, numa hora em que já estamos enfraquecidos por problemas internos. Para começar, o acordo do Mercosul com a UE, que é de nosso  grande interesse, será feito com outros parceiros. Sem dúvida, qualquer resultado que seja do referendum, vai provocar mudanças profundas na Europa.

Monday 13 June 2016

DOS PREFEITOS E VEREADORES

DOS PREFEITOS E VEREADORES

O calendário está cheio. Jogos Olímpicos, processo de impeachment da Presidente da República, Acrônimos, Lava Jato, Zelotes, ajuste fiscal, eleições nos Estados Unidos, ainda bem que a Copa América acabou para o Brasil, mas continua o torneio europeu com futebol interessante, sem falar no dia a dia da vida empresarial, com a luta por encomendas, pagamento de impostos, pressão de fiscalização de todos os tipos, cores, e maneiras. E sem falar em protestos que fecham as ruas, avenidas, praças e a preparação para negociações salariais para todo lado.

Sua vida está cheia e agitada. A política bate na sua porta, entra adentro da sua loja, fábrica, escritório, contamina a vida cotidiana e em nada parece que melhore a situação. E lá se vai o xingatório clássico do cidadão brasileiro a respeito de política e dos políticos, que nem pode ser repetido, mas que cada leitor vai repetir mais uma vez lendo este artigo. É isso mesmo! É assim mesmo, e a pergunta é quando vai melhorar e como melhorar.

Começamos mais um vez com o básico: seu RG e titulo de eleitor. Você tem que se conscientizar que essa é uma arma poderosa  que você tem e não usa. E a chance é agora, já que você deixou seu deputado falando da progenitora, do marido, da família e não sei o que mais no Congresso, sem pensar muito e agir em seu nome, sem o qual não seria eleito.

Em menos de quatro meses vamos ter eleições municipais. Você e sua empresa moram, vivem e trabalham num município. Analisemos um pouco o que está acontecendo e vai acontecer.

Então, o atual prefeito foi bom para você e seus negócios? Nos últimos quatro anos, as condições de trabalho no município melhoraram? E se ele for candidato à re-eleição, dos projetos que prometeu, quais cumpriu e quais não? E os impostos municipais? A fiscalização é correta ou coercitiva? O contrato de concessões de iluminação, águas e esgotos, transportes, beneficiaram a quem?

Tem Câmara de Vereadores que legisla no município. E as leis que votaram, significam melhoria de vida para você, seus concidadãos , sua empresa, seus funcionários? Você sequer lembra do nome do vereador em quem você votou?

Os candidatos tem ficha limpa? Ou você tolera o "rouba mas faz". Faz para quem? Eles têm projetos exequíveis, têm ideia de como é administrar um município? E se for empresário, quer servir a quem e porque quer servir a comunidade, perdendo nos negócios? E as entidades empresariais tem projetos para oferecer ou o apoio é só para ajudar nos negócios dos seus líderes?

Comece a se mexer como cidadão e assuma esse papel, porque em 2018 o jogo ainda será mais pesado e vai exigir mais responsabilidade na hora do voto. Treine desde já nas eleições municipais e mude de atitude passiva para voto ativo. Simplesmente, seja cidadão.

Friday 10 June 2016

DAS DEMOCRACIAS SUL-AMERICANAS

DAS DEMOCRACIAS SUL-AMERICANAS

As eleições presidenciais na semana passada no Peru, país  vizinho e importante parceiro comercial, mostraram que a democracia tantas vezes  violada neste continente, continua a prosperar e se consolidar. O septuagenário candidato PPK, Pedro Paulo Kuscinsky, ganhou as eleições com uma diferença de 40 mil votos, em um total de 17 milhões de eleitores. Fração de décimos em milhões, mas assim mesmo deve ter ganho a eleição (a confirmação final pela Comissão eleitoral chegará nos próximos dias, porque a eleição não usa urna eletrônica e então a recontagem de votos é mais demorada). Antigamente, nestas terras sul-americanas, incluindo-se o Brasil, haveria gritaria de fraude e, de fato, havia muita fraude nas eleições. Aliás, hoje se usam métodos preventivos para não ajudar a oposição a chegar ao poder, não ter a alternância de poder, e o caso da Venezuela é bem emblemático nessa questão.


A eleição peruana tem outra característica: ganhou um peruano mundialmente conhecido por sua atuação nos bancos internacionais, com idade incomum para candidatura política (74 anos) e até com cidadania dupla, norte-americana, à qual teve que renunciar, e peruana. Ganhou da jovem (41 anos) herdeira de pai preso por corrupção e  outros crimes, o ex-presidente de Peru, Alberto Fujimori. Mas, mesmo ganhando a presidência da republica, PPK, como é conhecido no Peru, terá que se compor com a derrotada representante de fujimorismo, porque no Congresso peruano ela comanda a maioria, com 73 deputados, contra 18 do partido do vencedor das eleições presidências. É o fenômeno do presidencialismo versus parlamentarismo. Presidente sem  maioria parlamentar, aliás muito conhecido no Brasil. Então começam as alianças partidárias, aumenta o papel do estado na economia, em função da distribuição de cargos e benesses, e começa o fenômeno da ingovernabilidade, tão comum na região.

No Peru, durante a campanha, discutiu-se muito a influência  de empreiteiras brasileiras na política local. Algumas delas teriam levado o modelo da Lava Jato para o Peru, algo que, apesar de não ser comprovado, foi muito discutido durante eleições.

Com a eleição de PPK no Peru, o continente ganha um populista a menos e firmam-se mais as correntes de equilíbrio entre capital e mercado, mas às vezes mais a favor do mercado e capital, do que de demandas sociais, mas definitivamente fora do populismo tradicional que ainda domina em alguns países da América do Sul. Para o Brasil, o Peru equilibrado e desenvolvido pode significar uma parceira econômica, nas vizinhanças, bem mais conveniente do que percebemos à primeira vista. Inclusive como nossa potencial abertura para o Pacífico.

Monday 6 June 2016

DA EMPRESA E A ECONOMIA DIGITAL

DA EMPRESA E A ECONOMIA DIGITAL

Sem percebermos as mudanças, já estamos digitalizados e usando equipamentos chamados digitais, há muito tempo. Nas  gerações anteriores, todos se  lembram ainda dos cartões perfurados, Holerite, que inclusive eram sinônimo de pagamento de salário. Ou do telex, máquina que transmitia as mensagens com fitas perfuradas. Ou alguns, já mais novos, lembram até do fax, que transmitia mensagens e fotos.

Bem, hoje não há ninguém que não tenha um celular, ou até mais de um. Mas, quantas funções de celular as pessoas usam? Poucas, apesar de que o celular de hoje se tornou um computador portátil. E todos usamos  internet. Mas, será que usamos todas as oportunidades que a internet nos oferece? É incrível que pessoas em geral não usem bem nem o Google, para saber mais sobre seus negócios, dos mercados, dos concorrentes e para onde o mundo vai. Pouca gente tem  por hábito consultar o Google sobre seus interlocutores, sobre as empresas com as quais mantêm  negócios. E ainda temos o conhecido Facebook, que lidera as chamadas redes sociais. E aí cabe a pergunta, se ele serve só para a divulgação de opiniões pessoais ou  pode, como acontece pelo mundo afora, ser poderoso instrumento de negócios.

Não há duvida de que o maior  avanço digital, mesmo no Brasil, foi feito na área financeira. Há muito tempo, os bancos brasileiros estão relativamente mais avançados do que seus concorrentes estrangeiros nessa área. E a eles se juntam comércio eletrônico, que está avançando com passos largos no país e já domina certos setores. E não no final não podemos esquecer o uso dessas tecnologias na área de serviços públicos. Veja o caso das Juntas Comerciais, que adotaram sistemas de registro eletrônico. Imposto de renda. E a área de saúde, usando quase todo o potencial de transferência e análise de informações.

Big data, cloud, analytics. Palavras-chave de nosso futuro.

Bem, o nosso, quer dizer seu. O primeiro passo é cada empresa analisar o que já usa e o que seus concorrentes usam nessa área de tecnologias digitais. O segundo  passo é fazer um plano, com o qual a empresa começa a usar as ferramentas disponíveis para ser mais competitiva e produtiva. Mas, para isso não da para o empresário dizer que o neto dele sabe mais do que ele. Esse empresário morreu empresarialmente porque, se uma criança sabe mais do que o adulto que dirige a empresa, tem algo errado. Temos que nos ré-educar, o SEBRAE e as entidades empresariais têm seu papel nisso, para sermos competitivos amanhã. Ou somos dinossauros prontos para desparecer?

Thursday 2 June 2016

DAS ELEIÇÕES NA TERRA DO TIO SAM

DAS ELEIÇÕES NA TERRA DO TIO SAM

Entre o primeiro e o segundo turno de nossas eleições municipais, vamos ter eleições na terra do Tio Sam, conhecida como Estados Unidos. Por se tratar do país mais poderoso do mundo, o nosso interesse, e não só de mais de um milhão de brasileiros que vivem lá e inúmeros ricos que transferiram suas  residências, em especial para Miami, deve ser também grande. Os oito anos do governo democrata do primeiro presidente negro dos Estados Unidos marcaram a história, mas estão acabando.

O mundo que o novo presidente norte-americano vai ajudar a administrar (palavra amena para dizer que vai mandar), é um mundo mais complexo, perturbado, pobre e complicado. De um lado, o acordo de Aliança do Pacifico deve, caso seja aprovado pelo Congresso norte-americano, solidificar as relações do outro lado do Pacífico dos Estados Unidos, mas com a presença da China cada vez mais forte e eficaz. Como vai ficar a convivência das duas potências, China e Estados Unidos, só o tempo vai mostrar. Quanto de convivência, conveniência nas relações e quanto de confronto vamos ter, vai depender dos dois lados. Mas, que a China está entrando mais forte no próximo mandato presidencial americano do que estava no anterior, não há dúvida.

Ainda há a Europa, a crise migratória, e os conflitos no Oriente Médio, como o da Síria, que parecem não ter fim. A América Latina, comparada com o resto do mundo, mesmo com a Venezuela fervendo, é um jardim de paz. E a Rússia, com seu entorno, será parceira ou inimiga? Ainda há a África, cheia de conflitos, e cheia de oportunidades de desenvolvimento. Mas, há outros problemas, que não se restringem mais aos pontos geográficos: terrorismo, crises financeiras, rápida digitalização do mundo, número crescente de conflitos regionais.

Os candidatos pelos republicanos e pelos democratas, Donald Trump, e Hillary Clinton, serão definidos nas próximas semanas pelas convenções partidárias. Neste momento, as pesquisas indicam vitória de Clinton, com vantagem de 2 %. E a guerra de desmoralizações, apontamento de defeitos, fraudes, ilegalidades e tudo o mais, está em curso. E isso vai continuar até o fechamento das urnas. Não devemos também esquecer que, nestas eleições, também se renova totalmente a Câmara de Deputados e uma parte do Senado. Então, não é só ganhar a presidência, importantíssimo é ter a maioria nas casas legislativas.

E qual dos candidatos é melhor para Brasil? Nenhum conhece bem a política latino-americana e operam com muitos preconceitos, em especial o republicano Trump. Nossas relações serão boas na medida em que formos garantir que o capital investido aqui terá lucros, mantivermos uma boa relação na área de segurança, e, antes de mais nada e principalmente, formos um país politicamente estável e economicamente prospero. Just business!