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Monday 4 April 2016

DOS START UP E DOWN

DOS START UP E DOWN


Nos dois primeiros dois meses deste ano, fecharam em Minas 5800 empresas, segundo a Junta Comercial do  Estado. E a FIEMG confirmou que o faturamento da indústria, no mesmo período, caiu 17 %. Quantos desempregados a mais há no Estado de Minas, não sabemos. Mas, se no país como um todo temos oito milhões de desempregados, nos Estados Unidos, que ainda possuem uma economia com crescimento, são adicionados 200 mil empregos por mês. Com muita alegria,  nós  vamos levar, se crescermos a partir do ano que vem a 5 %  ao ano, vinte anos para que essas pessoas  voltem a ser empregadas, sem falar nos jovens que estão entrando no mercado de trabalho. Haja pedalada na vida de desempregado para conseguir emprego de novo!

Em todo esse tumulto econômico e buraco negro que os nossos políticos, com ajuda de alguns empresários, nos arrumaram, há de se reconhecer que muitos dos desempregados estão pegando na enxada do empreendedorismo e com muita energia começando a vida empresarial. É um movimento de resistência econômica, baseado no desespero, que apresenta a única alternativa para alguém que ainda tem algum recurso e conhecimento. Nesse segmento, o papel fundamental é do SEBRAE Minas. Deve estar de portas abertas e facilitar que esses novos empresários  tenham à sua disposição não só o conhecimento  para dirigir seus negócios, mas principalmente o mercado. E nesta área as oportunidades  digitais são de fundamental importância. O SEBRAE tem que aproximar mercados, começando pelo de Minas (o que alguém de Juiz de Fora vende em Diamantina) e os mercados no Brasil (quem vende no Piauí, mesmo?).

Mas a moda mesmo são as start up. Estão nascendo como cogumelos após a chuva nas florestas da Europa. Milhões de ideias, jovens entusiasmados e financiadores governamentais e similares, por todo lado. Nomes sofisticados, ideias sonhadores, e poucas empresas que nascem, das quais as melhores logos são  vendidas. Novos empregos? Quase nada. Ecossistemas de inovação e empreendedorismo, sem maiores influencias na economia do estado. Razões?

O suporte financeiro para start up não exige resultados, porque se vende a ilusão dos que os assistem de  que vale mais uma boa idéia do que uma boa idéia com boa colocação no mercado e boa gestão. Assistidos por entusiastas, até educados e com doutorado, mas que não seguem nenhuma metodologia e nunca produziram nada, além de emprego fixo na entidade pública ou privada.

Temos que apoiar sim os start up, mas com metodologia e com resultados. Parar de enganar os jovens com ajuda financeira sem resultados empresariais. Aliás, em São Paulo estão fazendo isso agora, com metodologia norte-americana  e o resultado é fantástico em termos de emprego e sucesso das start up. Em Minas, fica mais fácil distribuir dinheiro e enganar os jovens, do que organizar um ecosistema com metodologia, início, meio e fim. E o triste da história: o bom exemplo começou aqui, com a BIOMINAS e os clusters do projeto Cresce Minas.

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