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Sunday 19 May 2013

Minas e OROPA

De Minas e União Européia

Dentro de duas semanas estarão visitando Minas Gerais 19 dos 27 embaixadores dos países da União Européia. Trata-se de visita de alto nível, apesar de não contar com a participação  dos embaixadores do Reino Unido, hoje com o projeto de mineração Minas Rio, o maior investidor no Estado, e da França, tradicional parceiro de Minas. Também não  vem  o representante da Espanha. Mas estarão entre os visitantes os embaixadores da Itália, Áustria e Alemanha, importantes parceiros de Minas. O programa é exaustivo, com visitas a Ouro Preto, Inhotim, Pampulha, uma ONG em Sta.Luzia que cuida de educação de presos e tem apoio dos europeus, uma mina da Vale perto de Belo Horizonte e a assinatura de convênio com a UFMG para o estabelecimento de um centro de estudos europeus.

No programa há também uma rodada de negócios na FIEMG, mas não esta incluída a visita a um dos mais antigos e eficientes projetos europeus em Minas, que é a cooperação na área de educação com a Áustria, ou seja a Escola Gerencial do SEBRAE. Provavelmente, os representantes da agricultura e comércio mineiros terão espaço na FIEMG para apresentar suas oportunidades de negócios aos europeus. As exportações de Minas para os países de União Européia declinaram no ano passado. Enquanto a Alemanha, que é o nosso maior importador, representa 3.8 % de nossas exportações, e a China 32 %, a Itália representa 9 % das importações de Minas. Em resumo, a Europa é um parceiro importante, mas não é mais o nosso principal parceiro. E além do mais, basicamente importa matérias primas e exporta máquinas, automóveis e produtos manufaturados.

Essa visita deve servir para apresentar mais do que a Minas do pão de queijo, ferro, cultura e turismo (a Estrada Real não estava no programa). Minas é o segundo economicamente mais importante estado brasileiro. As conversas com os europeus têm que incluir também as posições protecionistas que eles têm em relação aos produtos brasileiros. E como no caso especifico de Espanha, aos brasileiros. Também aos investimentos brasileiros, como no caso de Portugal, que preferiu os chineses em vez dos mineiros, na venda de empresa de eletricidade. Os interlocutores mineiros têm que estar preparados para uma conversa franca e abrangente, sabendo que os interesses de Minas são os interesses do Brasil.

Uma oportunidade dessas não pode ser desperdiçada,  mas deve ensejar que os europeus expliquem o que esta acontecendo por lá, qual é o futuro do euro e da própria União, quais são as soluções que estão dando à crise que os assola. E não menos importante, porque não cedem para fazer acordo com o MERCOSUL. A conversa tem que ser de igual para igual.    

Stefan B. Salej

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