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Friday 12 April 2013

GUERRA NUCLEAR? E PORQUE NAO?????



Da guerra nuclear e com a Coreia

Na década de 50, reinado de JK em Minas, a possibilidade de guerra nuclear não  era algo inimaginável. Mas, a Alemanha estava derrotada, a União Soviética tinha a bomba atômica, mas ainda não tinha usado, e os Estados Unidos tinham a bomba e tinham usado. As pessoas acreditavam que a guerra poderia continuar e que ataques nucleares eram prováveis. As casas eram construídas com abrigos anti-atômicos e as cidades eram testadas para serem menos vulneráveis aos ataques nucleares. Belo Horizonte, por razões que desconheço, foi escolhida uma das cidades mais seguras no caso de ataque nuclear. Mas, isso não impediu que um refugiado de guerra europeu construísse no bairro da Floresta uma casa com abrigo ante-nuclear e que a Universidade de Minas Gerais instalasse o Instituto de Pesquisas Radioativas, IPR, onde o professor Chico Bomba Atômica e José Israel Vargas, entre outros ilustres cientistas, faziam experimentos que levavam os americanos a acreditar que o Brasil estava fazendo sua bomba atômica.

Mas, na mesma época estava em curso a guerra da Coreia, cujo resultado foi a derrota dos Estados Unidos, que enfrentavam alguns anos após a segunda guerra mundial o inimigo comunista e a divisão da península coreana em dois países: o comunista do Norte e o democrático do Sul. E o mundo foi caminhando com toda a tranqüilidade para um mundo nuclear multipolar, onde, além dos já mencionados, possuem boba atômica também o Paquistão, India, França, Reino Unido e Coreia do Norte. Esta mesma Coreia que derrotou há sessenta anos os Estados Unidos e que após um exercício militar norte-americano na região, com aviões com carga nuclear, ameaça o mundo com um novo conflito.

Subestimar o ímpeto bélico dos norte-coreanos, que têm bomba atômica e armas comparáveis às melhores dos Estados Unidos, pode ser um erro cujas consequências são imprevisíveis. Se os Estados Unidos, sob seu comandante supremo Obama, fizeram exercícios militares na península coreana com armas nucleares e não previram a reação norte-coreana, como aconteceu, foi um erro de liderança gravíssimo. Mas se os comandantes militares americanos, que têm muita autonomia, fizeram esses exercícios no meio da troca do comando do Pentágono, para mostrar independência com relação à Casa Branca e sem o conhecimento do Obama, é ainda mais grave.

Mesmo que a Rússia e a China peçam calma e não autorizem os norte-coreanos a iniciar uma guerra, e a Casa Branca mantenha relativa calma, um conflito pode acontecer. E aí, já com a crise econômica em curso, com as ambições chinesas no Mar Amarelo, com a Índia e o Paquistão brigando, com o Afeganistão inquieto, o cenário para a confusão está feito. E desprezar a  belicosidade  do jovem líder norte coreano é ignorar a realidade. A Coreia do Norte não esta só nesse discurso, terá ajuda nas ações.


Stefan B.Salej


Wednesday 10 April 2013

COMO LER MOVIMENTOS SUBTERRANEOS DA ECONOMIA REAL.MARREMOTO OU TERREMOTO ECONOMICO PODE SER EVITADO???



A geologia empresarial

Os movimentos geológicos subterrâneos, que produzem petróleo e provocam maremotos e terremotos, são difíceis de detectar e de prever. O que vemos em geral são os efeitos externos desses fenômenos, que na maioria das vezes são desastrosos para as vidas humanas e também para a economia. Os desastres naturais podem ser fatais, mas existem a prevenção e cuidados para reduzir suas consequências.

Na economia real, e em especial a brasileira, também conhecemos esses fenômenos subterrâneos e assistimos diariamente às suas manifestações visíveis. A situação passa a ser problema quando vemos os maremotos, trovoadas e outros fenômenos econômicos e achamos que após a trovoada vem a bonança ou que tudo não passa de chuvas de março. E enquanto há poucos prevendo o clima, há muitos prevendo a economia. Gente com experiência de governo e internacional, acadêmicos, alguns que nunca pagaram uma conta na vida e outros que quebrariam um carrinho de pipoca com a sua capacidade gerencial. Em resumo, além de muita gente escrevendo e falando, e na época das eleições isso aumenta muito, é fundamental que o executivo e o empresário, além do conhecimento próprio para julgar, saibam que os erros dessas leituras terão que ser pagos por eles.

Nos subterrâneos da economia real brasileira, há um movimento cujas consequências podem ser desastrosas para o país, que é a brutal redução de lucros das empresas. Setores completos, como siderurgia, têxtil, celulose e papel,elétrico, aviação, eletro-eletrônico e outros, têm participado de um campeonato de prejuízos nefasto nunca visto antes. As justificativas não convencem e não substituem lucros. Parece que os gestores têm de um lado enfrentado desafios nunca vistos antes, mas de outro também não se preparam para mudanças.

Os grandes conglomerados criados na base de conjuntura do mercado como o sistema X do Eike Batista, e que foram num determinado momento símbolo de capacidade empreendedora do brasileiro, levarão para o fundo do mar consigo um exército de trabalhadores, investidores, bancos e fornecedores. E voltamos para o sistema de ajuda do governo, que tanto foi criticado e nefasto no passado? A solução vai requerer muita sabedoria e criatividade, mas, principalmente, responsabilidade com a nação.

O setor público empresarial, que tinha uma excelência de classe mundial, se esfacelou com o susto que estamos passando com a PETROBRAS. Mas, muito pior está a situação da ELETROBRAS, que declara um prejuízo fenomenal e alega que não estava preparada para a redução de custo de energia promovida pelo seu dono, o governo. E no mesmo dia apresenta um plano de ajuste, que eleva suas ações em alguns pontos e ganhos para os amigos especuladores.

Tudo é competência gerencial! Os bons executivos têm que saber ler e prever esses fenômenos. Esse caso mostra tipicamente que não sabiam ou não queriam. Há o ambiente político com o qual o empresário tem que lidar, mas antes de mais nada há competência gerencial. É ela que faz o lucro, inclusive socialmente responsável.


Stefan B.Salej