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Thursday 28 March 2013

OS BRICS EM DURBAN, VISTOS DE CAPE TOWN



DOS BRICS E BRACS

 A quinta reunião dos chefes dos Estados do Brasil, Rússia, India, China e Africa do Sul, neste ultimo pais, um pouco mais desorganizada que normalmente, terminou com vários  acordos bilaterais e promessas de nova cooperação. A reunião teve a sombra de cadáveres dos 13 soldados Sul africanos mortos em combates na Republica Centro Africana e a crise do Chipre. Mas uma reunião dos Cinco grandes, comparando com   os animais selvagens da Africa e símbolo da vida, elefante, rinoceronte, leão, girafa e Springboks, mostrou que os responsáveis pelos destinos de 40 % da população mundial tem um caminho longo a percorrer numa associação inventada por um banqueiro há anos. Como os cinco grandes na selva coabitam na mesma terra, mas não convivem, os cinco países dos BRICS, também estão na mesma terra, mas são muito diferentes.

Os competidores entre si procuram traços comuns para se tornarem parceiros. Assim, através de estabelecimento de um fundo de ajuda na crise financeira de 100 bilhões de dólares vão procurar amenizar as crises financeiras. E com um banco de desenvolvimento  com o capital inicial de 50 bilhões de dólares, vão financiar o desenvolvimento da infra estrutura na Africa. As duas iniciativas são a resposta segundo os representantes dos BRICS a ineficiência do Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial. Nas duas instituições os países BRICS tem forte representação  e principalmente no Banco  Mundial influencia, mas quem manda são os Estados Unidos e Europa. Alias, vale a pena ler recém publicadas transcrições de fundação destas instituições chamadas Breton Woods  em 1944 com ativa participação do Brasil.

Assim, os BRICS se colocaram, apesar que falta muito para que os papeis se  tornem ações, que pretendem ser uma alternativa política e econômica ao status quo  estabelecido. Mas, a parceria esta longe de ser uma parceria. Primeiro a predominância e o tamanho da China pesam em todas as relações entre estes países. Entre China, Rússia e India, há assuntos mal resolvidos. Os africanos acusam China de ser pior nas suas relações com eles que antigos colonizadores. E muitas vezes nas pequenas coisas se vê que estas relações estão longe de serem a prioridade.

Estabelecimento do Conselho Empresarial, por sinal com escolha excelente dos representantes brasileiros, pode ser que o comercio aumente. Mas falta muito para que BRICS sejam uma prioridade e compromisso de relações políticas e econômicas de cada um. Por enquanto, ate próxima reunião no Brasil, é um acrônimo em gestação.

Stefan B. Salej

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