Da Namíbia na África
É um país do tamanho de uma França e meia, com menos de dois
milhões de habitantes e uma renda per capita de 6.600 dólares. A expectativa de
vida é de 51 anos e o crescimento populacional está abaixo de 1 % ao ano. E conta com diamantes até extraídos do mar, urânio, e mais outros minérios, além da pesca e alguma agricultura. Sua imensidão de território é coberta com animais selvagens atravessando perigosamente as
estradas, algumas asfaltadas, mas a maioria de cascalho que faz a alegria dos
fabricantes de pneus.
Não só na cidade de Luderitz,
fundada por um emigrante alemão há mais de um século, mas também na capital Windhoek, há ruas e edifícios com nomes de políticos alemães. Avenida Bismarck é como Avenida Getúlio Vargas no Brasil.Toda cidade tem. E um país que só tem deserto, com dunas de
cores avermelhadas e natureza seca, um calor infernal mas com fauna intacta,
recebe um milhão de turistas por ano, a maioria alemães. Devem estar sentindo saudade da época em que eram
colonizadores deste país africano, em seguida
dominado pelos ingleses e depois, até a independência há vinte anos, pelos sul-
africanos. Aqueles do apartheid e do racismo.
O governo eleito é oriundo de movimento de guerrilha que lutava pela independência. As instituições e o país funcionam de uma forma bem diferente do que na maioria dos países do continente africano. As notícias de conflitos
sangrentos no Mali ou a permanência prorrogada por 32 anos
de um governo na vizinha Angola, são noticias dos jornais. Não é que a Namíbia não tenha problemas, mas
efetivamente os seus muito diferem dos da
maioria dos membros da União Africana.
A Presidenta Dilma já visitou a África este ano numa reunião dos países africanos e
sul-americanos. Foi à Nigéria, que vive nova bonança. Irá no próximo mês á reunião dos BRICS na África do Sul. E os empresários, com raras exceções das empresas do sul,
como a Marco Polo, a WEG e a Randon, e a Vale, além da Petrobras, que está procurando petróleo na Namíbia, não acompanham. A cooperação política, com todas as
dificuldades de pessoal que enfrentam as representações diplomáticas brasileiras na região, vai melhor do a que empresarial. Até a militar, cuja presença na Namíbia se faz através da Marinha, vai melhor.
As atividades de algumas
empreiteiras não preenchem as
possibilidades que esses países oferecem,
principalmente a pequenas e médias empresas. E não só onde se fala português, mas também nos lugares como a Namíbia. E até para aprender com eles, se
nenhuma outra coisa, como atrair tantos turistas mostrando areia.
Stefan B. Salej
26.2,2013.
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