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Friday 15 February 2013

A ELEICAO DO PAPA BRASILEIRO



Do Vaticano e do Papa

A renúncia do líder da Igreja Católica Romana, o Papa Benedito XVI, após o final do mês de fevereiro Sr. Ratzinger, é também a renúncia do Chefe de um Estado chamado Vaticano incrustado no meio de Roma, de onde ele era também o bispo. A renúncia do Papa, que demonstrou uma racionalidade quase desconhecida para os seus 1 bilhão e duzentos milhões de seguidores no mundo, ultrapassa o interesse só dos católicos. O Vaticano não tem exércitos mas é um dos estados mais poderosos do mundo. Sua diplomacia tem tentáculos que nenhuma outra religião ou estado conhecem. E também tem interesses desconhecidos do grande público, que são defendidos como ninguém os sabe defender.

A Igreja Católica, que tem 42 % de seguidores na América Latina, 25 % na Europa e 15 % na África, tem perdido seguidores, principalmente na Europa. O número de católicos tem diminuído de forma assustadora não só no velho Continente, mas também na América Latina. A há cada vez mais  evangélicos, que recebem uma mensagem mais próxima, especialmente das pessoas mais humildes. Mas também as posições quase que inflexíveis do Vaticano na defesa de pedofilia em algumas áreas, e outros assuntos, levaram milhões de pessoas a se afastarem da Igreja Católica.

Mas, além do exemplo pouco típico no mundo de hoje, que foi dado pelo Papa com sua renúncia, há inegável necessidade de sabermos para onde vai esta Igreja Católica com a sua nova liderança. Se continuar, como escreveu o prestigioso New York Times, a ser um estado globalizado dirigido como uma aldeia italiana, o que isso pode significar  para o futuro do mundo. Sem dúvida, o dialogo inter-religioso será fundamental para o futuro do mundo. O Vaticano também não pode se calar, como se calou, durante o holocausto, sobre as injustiças e atrocidades que certos países têm sofrido. E não pode mais nem provocar cruzadas e inquisições,  como também tem que, se quiser  exercer a liderança ética e moral no mundo, ser o exemplo disso. Esta é a esperança de outros cinco bilhões de habitantes da terra que não são católicos e provavelmente dos próprios católicos.

O novo papa será eleito por um colégio dos 128 cardeais dos quais 28 são italianos, 11 norte americanos. Os latino-americanos, mesmo unidos não elegem papa sozinhos. E também não tem um candidato único, apesar de muita falácia a respeito do Cardeal argentino Sandri. Muita fumaça negra vai sair da chaminé antes de sair fumaça branca anunciando o novo líder da Igreja Católica. E como Brasil é o maior pais católico do mundo, com mais de 250 bispos e alguns cardeais, a sua escolha é fundamental para o Brasil e suas relações com o mundo.

Stefan B.Salej
12.2.2013.

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