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Friday 28 December 2012

O MUNDO NAO ACABOU.E COMO FICA O MUNDO EM 2030?????



Do ano 2030

O mundo não acabou como previa o calendário Maia e as previsões para o próximo ano, com bons votos, estão se espalhando. Mas, como será este nosso mundinho daqui a 20 anos, no ano 2030? O Conselho de Inteligência dos Estados Unidos fez as suas previsões e vale a pena ver as suas previsões. Claro que é a visão norte-americana.

A boa notícia é que não vêem no horizonte uma nova guerra mundial, mas também não o fim do terrorismo islâmico ou um mundo tão democrático quanto desejável.  Os conflitos regionais vão continuar e o modo de guerrear vai mudar muito, com aviões não pilotados e ataques cibernéticos. E com o crescimento da população mundial dos atuais 7,1 bilhões de habitantes para 8,3 bilhões em 2030, dos quais 80% nas cidades, surgem problemas de água, alimentos e energia. As explosões magnéticas, que afetam todo o sistema de comunicações, como os via satélites, passam a ser mais freqüentes.

O mundo não será mais dominado por uma potência hegemônica. Será multipolar e haverá uma cooperação cada vez maior entre os Estados Unidos e a China. A Ásia vai ultrapassar em poder econômico tanto os Estados Unidos como a Europa e os atores emergentes, como a Indonésia, Brasil, Colômbia, África do Sul, entre outros, terão um papel importante na gestão mundial.

Todo esse crescimento populacional, com, por um lado, a urbanização e, por outro, a falta de água e alimentos,  agravado por populações jovens aumentando onde não há água nem comida, pode gerar novos conflitos. E na área da saúde podem aparecer vírus mortais ainda não identificados, com possibilidade de dizimar grande parcela de populações.

Como fica o Brasil nesse retrato futurista? Mencionado várias vezes no estudo como ator multipolar importante, está situado em um continente onde não se prevêem grandes conflitos, mas sim uma crescente união entre os vizinhos. O país marcha rapidamente para a urbanização, tem água, alimentos e energia. Crescente a classe media, crescentes as necessidades de educação e de estabilização da sua democracia. Com uma população cada vez mais velha, seu conteúdo tecnológico para os próximos anos parece praticamente inexistente. Sua política externa será cada vez mais ligada aos focos de crescimento na Ásia e América do Sul, o que pode lhe garantir, como produtor de alimentos, razoável crescimento.

O Brasil deverá seguir sem medo do futuro, pelos cenários norte-americanos. Mas, sem otimismo exagerado, na base do Deus é brasileiro. Terá que criar seus próprios cenários e não ficar só à mercê de cenários ainda hoje feitos por países hegemônicos.

Stefan B. Salej

Thursday 20 December 2012

GUERRA E PAZ



De guerras e paz

Nestes dias de final do ano gregoriano haverá muita reza e muitos apelos pela paz. Mesmo se não tivemos um confronto considerado mundial, não há como dizer que o mundo está vivendo em paz. Aliás, em nenhum momento da história a nossa civilização viveu sem nenhum conflito armado. E neste momento vivemos de uma forma horizontal, atingindo o mundo inteiro, uma guerra travada com terroristas islâmicos que esta longe de ser ganha pela civilização ocidental e cujas dimensões são difíceis de serem reconhecidas.

A chamada Primavera árabe, que significaria a adoção de valores democráticos ocidentais pelos países árabes e a conseqüente queda de ditadores como Kadafi  na Líbia ou Mubarak no Egito, abriu uma panela de pressão cujos desenvolvimentos são imprevisíveis. O conflito na Síria, que tem sido mais sangrento do que a televisão quer mostrar, não tem fim. Na Líbia, os conflitos internos e a luta entre várias facções está transformando o país em um campo de batalha sem controle. E ainda no continente africano há lutas na República Democrática de Congo, no Mali, piratas na Somália, violência na Nigéria e no Sul do Sudão.

A lista ainda inclui ainda os tradicionais conflitos no Afeganistão e no Iraque, e o conflito entre Israel e os palestinos. Mesmo com a retirada dos soldados americanos e seus aliados dos dois primeiros países, os conflitos continuam. Mudam os soldados, mas não mudam as batalhas. E nenhuma solução diplomática para a paz entre Israel, onde haverá eleições em janeiro, e os palestinos está a vista. O Irã continua com sua política de destruição de Israel, com a ousadia de construir a bomba atômica e, do outro lado da Ásia, a Coréia do Norte lança foguetes de longo alcance. E o comércio de armas está só crescendo, gastando-se cada vez mais em armamentos e cada vez menos em alimentos.

Na América Latina poderemos presenciar uma paz dos narco revolucionários colombianos da FARC com o governo. E daí, se Cristina Kirchner não declarar guerra ao Reino Unido pelas Malvinas, poderemos ser o continente sem conflito armado. Mas, isso não isola o Brasil das consequências de outros conflitos. Muito pelo contrário, todos esses conflitos, inclusive a rusga entre a China e o Japão pelas ilhas no Pacífico, afetam os valores da política  externa brasileira e a sua economia. O Brasil é um ator internacional importante, tanto no campo político como econômico, e esta sendo envolvido em soluções de todos os conflitos mundiais, como o terrorismo, ou regionais, como os da Africa ou Oriente Médio. Portanto rezar pela paz é uma forma de achar que se pode conseguir a paz no mundo. A outra é preparar o país em todos os seus campos para batalhar pela paz.  


Stefan B. Salej
19.12.2012.